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OPINIÕES: Juros, câmbio e paralisações

E o Brasil na última semana parou! Foram mais de 9 dias de um convívio com a economia da escassez. Isto é, uma demanda enorme por tudo e uma oferta limitada. Sendo assim, na medida em que os produtos sumiam do mercado os preços disparavam. Mas, por outro lado, temos a questão dos juros e, principalmente, do câmbio. Haja coração para aguentar tanta instabilidade! Só brasileiros mesmo para suportar tudo isso.

Sobre os juros, de fato isso não se alterou nos últimos anos. A revista Conjuntura Econômica de 1948 publicou um estudo mostrando as taxas de juros do Brasil versus EUA daquela época. E a sua conclusão foi que, no Brasil, em 1947 os juros eram três ou quatro vezes maior do que nos EUA. Em continuidade, em 2007, essa mesma revista fez a mesma comparação e novamente concluiu que os juros por aqui são maiores do que de lá. E hoje, 2018, ainda permanece a mesma perspectiva.

E o câmbio, "esta" questão complicada para os economistas explicarem, hein? Mais uma vez estamos com um câmbio fortemente desvalorizado em relação ao Dólar, ou seja, precisamos de muitos "Reais" para comprar apenas um dólar americano. Pois bem, e essa relação não irá parar por aí, digo, no mês de junho de 2018. A tendência é que a nossa moeda (real) se deprecie mais ainda frente ao dólar. E com os últimos acontecimentos, esta elevação tende a ser maior, especialmente, após a renúncia do Presidente da Petrobras e as eleições de outubro.

E as paralisações hein? Bah, deixou todos nós assustados, consumidores e empresários. Uma legitima crise de desabastecimento. O fenômeno foi preocupante do ponto de vista social, econômico e político. Mas, por outro lado mostrou a nossa fragilidade na logística de distribuição de produtos no cenário nacional. De fato, ficou claro para todos nós que dependemos apenas do transporte terrestre. Temos que ter alternativas para isso, e a falta de planejamento econômico é evidente. A solução para isso, no meu entendimento, é mesclar os vários tipos de transportes, investindo em meios de transportes alternativos. Aqui apenas quis mostrar este contexto, contudo é claro que as paralisações revelaram outras fragilidades.

Por fim, correlacionando os três temas, os problemas deles persistem e nada muda por esse brasilzão. Juros ainda muito altos, câmbio em um sobe e desce e paralisações pra lá de revelador de muitos gargalos que ainda não conseguimos resolver e programar em nossa economia. Do passado ao presente as coisas mudaram pouco! Mas, o Brasil, dizem os entendidos, é o país do futuro. Espero ver isso daqui pra frente!

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